A Coruja de Monte Suntria

Suntria é uma das denominações de Sintra...O Monte da Lua ...a coruja...sou eu!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Para suor excessivo nos pés e mau cheiro:

Louro,cravo e camomila
Para suor excessivo nos pés e mau cheiro:
3 folhas de louro, 3 cravos, 1 col de sopa de 

camomila e outra de chá preto. Misture tudo 
em 1 litro de água fervente e faça escalda pés 
à noite por 15 minutos. Secar bem os pés após 
o escalda.

Azeite de cenoura



200 g de cenoura
1l de azeite

Cortar a cenoura em palitos ou lascas e desidratar (ao sol ou no formo)
Colocar num boião e adicionar o litro de azeite. Deixar em meceração
 pelo menos 8 dias. Ou em banho -maria por 2 horas.
Indicações: Calmante da pele, em erupções na pele e queimaduras

Realizar uma infusão

Todos nós sabemos fazer chá. Afinal é só pôr a água a ferver, 
colocar a saqueta ou as ervas e já está. 
Mas será que é mesmo só isto? Aprenda a fazer uma infusão 
extractiva e retire o máximo das propriedades medicinais da 
planta que usar.

De entre os diferentes critérios existentes para realizar uma 
infusão extractiva aconselha-se  a seguinte:

 Meia hora antes de realizar a infusão, adicionar à dose média 
do produto vegetal a extrair,  3 gramas, a metade do volume
 de água fria, com o fim de que se produza uma embebição e  
inchamento das paredes celulares celulosicopectínicas que facilitem 
uma maior extracção posterior por água quente
Uma vez levada a ebulição, a água utilizada para realizar a infusão, 
verte-se sobre o produto  vegetal assim pré-tratado, e tapa-se para 
evitar a volatilização das moléculas aromáticas principalmente, e 
dos princípios sublimáveis como a cafeína. Espera-se até que 
o líquido fique morno, com um tempo mínimo de repouso 
de 15 minutos.
De seguida filtra-se, sendo aconselhável empregar em alguns 
casos filtro de pano ou manga de filtrar café para evitar a 
passagem de pêlos epidérmicos vegetais.
 Ingere-se preferencialmente morno
O costume de estar a aquecer em ebulição durante alguns minutos
 a água fervente, juntamente com o produto vegetal não é
 aconselhável, pois pode-se conseguir uma solubilização de moléculas polimerizadas não desejáveis, que conferem sabor amargo desagradável
 à água extractiva, assim como processos de termolabilização
Se se trata de parte das planta duras, como a raiz ou frutos, 
é preferível realizar uma decocção
 que consiste em misturar o vegetal a extrair juntamente com 
a água fria extractiva, e levar à ebulição em lume brando,
apagando logo que a água comece e ferver.
Assim como com a infusão, aconselha-se a que uma meia
hora antes de começar o processo de aquecimento da decocção, 
realize uma maceração em frio com o fim de facilitar a extracção 
posterior.
Convém também recordar que quanto mais triturado está o vegetal a
extrair, maior é o grau de
extracção pelo que, possivelmente, o mais adequado seria realizar uma
moagem extemporânea do trocisco (medicamento sólido composto 
de substâncias secas reduzidas a pó e reunidas por 
meio de açúcar, goma) vegetal imediatamente antes de realizar 
a infusão para evitar perdas de princípios voláteis, ou então utilizar
 pós vegetais para realizar infusões, empregando sempre um 
filtro de tela, neste caso.

Anti-séptico de ervas

Tenha à mão um anti-séptico de ervas para 
se prevenir contra arranhões, golpes ou abcessos.

Esteja sempre atento a possíveis arranhões ou golpes, vigie-os
 e se ficarem vermelhos, sensíveis, dolorosos ou se começarem a 
supurar líquido, significa que o ferimento infeccionou. É extremamente 
importante que o trate o quanto antes e de preferência que actue antes 
de haver infecção.
 Este anti-séptico natural ajuda à prevenção e ao tratamento de 
infecções em bolhas rebentadas. Para prepará-lo precisa de:
  • Uma porção de tomilho fresco
  • Uma de eucalipto ou alecrim
  • Uma de hortelã (pode ser hortelã-silvestre)
  • Uma outra de bétula-doce ou gaultéria
     Todas estas plantas têm propriedades anti-sépticas potentes. 
    Coloque-as num jarro de vidro e cubra-as com vodka, em maceração.
    Passados uns dias coe e coloque o macerado num frasquinho,
     de modo a tê-lo sempre à mão, no estojo de primeiros socorros.
    Assim, já pode embrenhar-se nas maravilhas da natureza e tratar 
    as suas possíveis arranhadelas naturalmente!

Xarope de agrião com mel (para tosse)



Colocar, em prato fundo, camadas alternadas de folhas de agrião e açúcar 
mascavado (suficiente para cobrir o agrião). Fazer isto até encher o prato.
 Colocá-lo sobre uma panela com água e cobri-lo com outro prato. Aquecer 
a panela até ferver a água. Diminuir o fogo até secar as folhas. Coar após
espremer bem. Acrescentar, ao coado, mel em proporções iguais, isto é, 
1 parte de coado: 1 parte de mel.

Loção com mel e pepino


1/3 
chávena de mel
1/2 
chávena de sumo de pepino
1/2 chávena de álcool 40% (p.ex: vodka)
Adicione o sumo de pepinos frescos ao álcool e conserve tampado num lugar frio 

e escuro por 8 dias. Filtre a infusão licorosa e misture com o mel. Lave o rosto e o 
pescoço com água morna e aplique a loção com álcool. Aplique uma vez ao dia, 
de preferência mais ou menos uma hora antes de se deitar

Cera para couro

Produto para conservação de couro

1Kg de cera
750ml de essência de terebintina
250ml de óleo de linhaça
Dissolver a cera na essência de terebintina. Juntar o óleo de

 linhaça, mexer muito bem antes de cada aplicação para qu
 a mistura fique homogénea  O óleo de linhaça pode ser substituído
 por 150 a 200g de vaselina. Essa "graxa" conserva muito bem
 todos os artigos de couro: sapatos, sacos, correias, arreios, 
botas de montar etc.

Pomadas à moda antiga

Pomadas

50 gramas de banha
5 gs de cera
1 punhado de erva ( a escolher conforme o fim a que destina)
20 ml de azeite.

Frite na banha as ervas sem queimar. Coar e acrescentar 

o óleo ou 2 col de sopa de banha e 1 col de sopa de azeite. 
Deixe esfriar.

Nabo com mel (para tosse)



Cortar o nabo em rodelas finas. Colocar as rodelas até metade de um copo e cobrir com mel. Cobrir o copo com um pires por 24h em temperatura ambiente. Tomar 3 colheres por dia.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Algumas plantas medicinais em uso externo




Camomila (Matricaria chamomilla): É adstringente, anti-inflamatório, antialérgica, irritações na gengiva, lavagem vaginal, tonifica a pele, clareia os cabelos. Usam-se as flores.
Trata-se aqui da Matricaria recutita, existem diversas outras espécies de plantas também chamadas camomila que não devem ser confundidas.
Bardana (Articum lappa): É adstringente, anti-inflamatória, anti-microbiana, anti-séptica, bactericida, calmante, cicatrizante, fungicida, abscessos, artrite. No tratamento do couro cabeludo, caspa, seborreia, queda de cabelo. Cura feridas, auxilia várias doenças de pele, hemorróidas e psoríase. Usa-se a raiz.

Alfazema (Lavandula officinalis/ angustifolia) Analgésica, anti-inflamatória, anti-séptica, sedativa, antidepressiva, anti-microbiana, anti-reumática, cicatrizante, diurética, hipotensiva, insecticida (repele insectos e cura picadas) sedativa, emenagogo tónico, vermífugo e além de todas é calmante e equilibrante do sistema nervoso. Tem propriedades aromáticas, desodorantes, refrescantes. Funciona como tônico capilar, limpa e amacia a pele e auxilia na acne.

Morugem (Stellaria media): também conhecida como morugem-branca, morugem-verdadeira, esparguta e morugem vulgar, erva-estrela
Adstringente, antibacteriano, anti-inflamatório, emoliente, vulnerário, anti-prurido Refrescante e calmante para a pele.
Entre outras utilizações de uso interno, em uso externo é usado para alívio de todo o tipo de irritação como eczema, feridas na boca e da pele em geral, picadas de urtigas, picadas de insectos, psoríase, queimadura, úlceras, varizes, acne. Usa-se a planta toda
Hipericão: Erva-de-são-joão (tb milfurada) (Hypericum perforatum) Usado para dores reumáticas e artroses. Usado para problemas de pele e queimaduras ligeiras. Usam-se as flores. Esta erva é também usada para neuralgia, fibroses, ciática, dores reumáticas e dor muscular. É fototoxico, não deve expor à luz solar e UV (incluindo solários).
Calêndula ou maravilhas (calendula officinalis): É adstringente, analgésica, antialérgica, antiespasmódica, anti-inflamatória, anti-séptica, anti-seborreico, antiviral, bactericida, vulnerário, calmante, cicatrizante, regeneradora celular, emoliente, tonificante da pele. Trata a acne, alergia, assaduras, eczema seborreico do couro cabeludo, herpes, aftas, gengivite, fissuras nos seios, varizes, hemorróidas, Indicada para avermelhamento de pele, queimaduras suaves de sol, dermatite, feridas, foliculite, frieiras, fungo, psoríase, clareia manchas. Uso corrente em produtos para bebés e peles sensíveis Usam-se as flores.
Tanchagem (Platango major) Antibacteriana, adstringente, redutora da irritação, analgésica, anti-inflamatória, cicatrizante, descongestionante, combate inflamações nos olhos, nas gengivas, na garganta, nas amígdalas, na faringe. Auxilia no tratamento das hemorróidas, acne, furúnculo, varizes, queimaduras, terçol. Infecções de pele, irritação na pele após exposição solar prolongada e picadas de insecto. Cura feridas. O polén pode causar alergia. Usam-se as folhas e o pedúnculo.
Aloé Vera (Aloe barbadensis Miller)

O Aloé Vera tem uma acção anti-inflamatória, promove a renovação de tecidos com células novas, é regeneradora celular restaurando os tecidos danificados de dentro para fora, como acontece no caso das queimaduras, quer sejam ocasionadas por fogo, por radiação ou pelo sol. É um hidratante natural, hidrata todas as camadas da pele. E o Aloé Vera é um veículo perfeito para transportar profundamente para dentro da pele outras substâncias ou elementos aos quais está combinado. É antipruriginoso, faz desaparecer o prurido e o ardor. Quando aplicado em feridas e queimaduras, penetra na pele e restitui os fluidos sem impedir que a oxigenação chegue até a ferida, acelerando o processo de cura e reduzindo o tamanho da cicatriz.

Alguns óleos vegetais e plantas medicinais utilizadas na prevenção de estrias na gravidez




Óleo de amêndoa doces (Prunus Amygdalus var. Dulcis)
O Óleo de Amêndoas Doces tem uma textura fina e é facilmente absorvido pela pele, tornando-o num dos óleos vegetais mais conhecidos e utilizados em massagens e nos cuidados diários da pele. É rico em vitaminas A, B1,B2, B6 e E. É um excelente emoliente e é conhecido pela sua capacidade de suavizar, hidratar, proteger e nutrir a pele, sendo um excelente auxiliar no equilíbrio da pele. Ajuda a prevenir as rugas e restaurar a elasticidade. Hidrata e suaviza a pele seca e as áreas irritadas, é especialmente indicado para peles secas. É um dos óleos vegetais mais usados na prevenção das estrias na gravidez e pode ser usado sozinho ou em mistura com outros óleos. *Pessoas com alergia a nozes e amendoins podem ser alérgicas.

Óleo de semente de uva (Vitis vinifera)
Extraído das sementes das uvas é um óleo é um emoliente doce, que deixa a pele macia como cetim sem que fique gordurosa. É bem absorvido pela pele. Hipo alérgico. Tem leves propriedades adstringentes sendo por isso especialmente indicado para a pele oleosa, embora possa ser usado por todo o tipo de peles. Óptimo para usar em massagens, sozinho ou em conjunto com outros óleos de base. A textura do óleo de grainhas de uva é ainda mais suave do que a do óleo de amêndoas doces. É indicado no tratamento de obesidade, celulite e estrias, pois auxilia na elasticidade dos tecidos, reduz o inchaço e o edema, restaura o colagénio e melhora a circulação periférica. Atua como excelente antioxidante. O óleo de grainhas de uva contém uma alta percentagem de ácido linoleico e alguma vitamina E, (que ajuda a conservação), assim como outras vitaminas e sais minerais. É tonificante, regenera e revitaliza a pele. É de grande utilidade na prevenção de estrias. Pode ser usado puro ou em diluição com outros óleos.

Gérmen de trigo Triticum sativum
O óleo de gérmen de trigo contém vitaminas (A, B1, B2, B3, B6, D e F) e é rico em vitamina E. Contém ácido linoléico, fosfolipídios, zinco, ferro, potássio e fósforo, além de ser altamente rico em lecitina. Ajuda a manter a qualidade dos óleos menos estáveis porque evita a oxidação. Devem ser acrescentados, aproximadamente, 10 % ao óleo base e 20 % se o óleo tiver uma estabilidade baixa. Óptimo para uso em peles secas e maduras ou áreas de tecido cicatricial. Útil na cura de queimaduras e tecidos em processo de cicatrização, assim como áreas inflamadas e peles ásperas. Normalmente é usado numa mistura de 10% com outros óleos em 90% de outros óleos. Quando é aplicada topicamente sobre a pele que ajuda a promover a formação de novas células, melhora a circulação e ajudar a reparar os danos do sol para a pele. Também é usado para aliviar os sintomas de dermatites, além de funcionar como preventivo para estrias.

Óleo de Jojoba (Simmondsia chinensis)
É indicado para todos os tipos de peles, incluindo a oleosa, mista, acnéica e peles inflamadas. Similar à composição da "seborreia" humana ou à pele oleosa. Penetra rapidamente na pele, nutrindo-a. É suavizante e hidratante para peles secas e maduras. Óleo de grande compatibilidade com a pele humana, fornecendo maciez aveludada. Auxilia no controle do acúmulo de sebo na acne vulgar, devolvendo a oleosidade natural da pele. Ajuda na cura de peles inflamadas ou em peles com psoríases ou qualquer forma de dermatites, sendo excelente para o tratamento e o controle de peles acnéicas e oleosas. É um óleo antioxidante natural, ajudando outros óleos a não rancificarem rapidamente. Bom para diluí-lo com outro carregador. Excelente coadjuvante em óleos de massagens, óleos de corpo e para tratamentos capilares. De média oleosidade, é considerado um balanceador da pele, equilibrando-a. Sua composição química é de grande compatibilidade com a pele humana, devolvendo a oleosidade natural da pele.

Óleo de Semente de alperce (ou damasco) (Prunus armeniaca)
O Óleo de Semente de Damasco tem uma textura leve e assim é ideal para usar nas mãos, cara e cabelo. É especialmente benéfico para a pele seca, madura ou sensível devido à qualidade de nutrição do óleo. Contém vitamina A e C. Óleo de semente de alperce é obtido dos caroços. Este óleo é bem absorvido, capaz de restaurar a barreira da epiderme. É utilizada em cosmetologia e dermatologia na composição de produtos destinados a hidratar e nutrir a pele. Além disso, ele pode ser usado para cuidar de crianças e pele sensível. Óleo de semente de alperce é anti-inflamatório, tem propriedades regenerativas e tónicas, rejuvenesce a pele, elimina as linhas finas, ajuda a restaurar a elasticidade da pele, dando-lhe um tom saudável, radiante. Ajuda a manter a elasticidade da pele, é utilizada para a celulite. Tem sido usada com sucesso para a pele cansada e flácida. Pode ser usado tanto separadamente ou em combinação com outros óleos.

Óleo de abacate (Persea americana)
È um óleo que se obtém da polpa do fruto do abacate. O óleo de abacate é absorvido de forma imediata pela pele humana, actua como suavizante e tem um notável poder filtrante natural da radiação solar. É um óleo rico, pesado, ou seja, de penetração profunda e rica em vitaminas A e D, lecitina, potássio, bem como a vitamina E. O óleo puro, não refinado, de abacate é de cor verde esmeralda e é classificado como um óleo monoinsaturados. É um agente nutritivo e emoliente, que melhora a elasticidade da pele. É bom para peles sensíveis, secas, desidratadas, envelhecidas e castigadas por agentes externos. Lubrifica, hidrata e nutre em profundidade a pele. Aumenta o colagénio na pele e promove a regeneração celular

Azeite (Olea europaea L)
Extraído do fruto da oliveira, a azeitona, o azeite é um óleo usado desde há milénios, em unguentos, banhos, massagens, etc. Possui vitaminas A, D, K e E, e é um poderoso antioxidante, o que ajuda a retardar o envelhecimento da pele, nutrindo-a, protegendo-a, suavizando-a, e conserva a juventude do corpo e da cara. É utilizado como anti-rugas, hidratante e suavizante para peles secas; é purificador, calmante, e serve para amolecer as impurezas da pele e facilitar a sua remoção; melhora a elasticidade da pele, é perfeito para banhos relaxantes e massagens. Bastante oleoso é normalmente associado a outros oleos. É também usado na prevenção das estrias sozinho ou associados com outros óleos vegetais ou mais comummente em infusão com calêndula ou outras plantas medicinais.



Óleo de coco ( Cocus nucifera)
O óleo de coco, também conhecida como manteiga de coco, é um óleo extraído de copra tropical (a polpa interior de coco), de cor branca e mantêm-se sólido a temperaturas inferiores a 20º C.. O óleo de coco é constituída essencialmente por muito fluidos ácidos gordos saturados, que são perto de gordura subcutânea humana, e por isso é mais compatível com a pele do que a maioria dos óleos vegetais. Um excelente hidratante e óleo de protecção. Ajuda a manter a pele macia e suave, sem ser pegajoso.É ideal para tratar a pele sensível e danificada. Pode ser misturado com outros óleos vegetais.

Óleo de Sementes de sésamo (Sesamum indicum)
É um óleo muito leve, usado especialmente para massagens. Excelente para todos os tipos de pele, especialmente com problemas de eczema e envelhecimento prematuro da pele. É lubrificante, emoliente, anti-inflamatório e restaurador de camada lipídica. Auxilia na prevenção de estrias. Popularmente é muito usado para ajudar em artrites. Para que tenha todas as suas propriedades inalteradas não pode sofrer processo de refino.
Usado de 20% a 100% em óleos carregadores mais baratos.
Óleo de semente de sésamo é rico em vitamina E, vitaminas do complexo B, e os minerais cálcio, magnésio e fósforo.

Óleo de girassol (Helianthus annuus)
Óleo de girassol contêm as vitaminas A, D, complexo B e E.É também rico em minerais, como cálcio, zinco, potássio, ferro e fósforo. É de cor amarela e quase nenhum odor, média oleosidade, excelente óleo base, para todos os tipos de pele. Rico em Ômega 6. Seus ácidos gordos polinsaturados têm acção nutritiva, emoliente e revitalizante da pele. Com elevado poder nutritivo pode ser utilizado em contusões, feridas, escaras, ulcerações e esfolamentos. Tem acção e revitalizante. Facilmente absorvido pela pele, contém alta concentração de vitamina E, recomendado para peles delicadas e secas. É um óleo versátil e também um óleo relativamente barato para usar em massagem e pode ser misturado com outros óleos prensados a frio.

Óleo de rícino (Ricinus communis)
Os componentes do óleo de rícino têm propriedades desinfectantes que são altamente benéficos para o tratamento de várias doenças de pele causadas por infecções bacterianas ou fúngicas. Ele inclui úlceras de pele, micose, prurido cutâneo, erupções cutâneas, verrugas e até cravos e espinhas. Tem um bom efeito hidratante na pele seca. Assim, ele pode ser usado para curar fissuras nos tornozelos e pés, que muitas vezes se desenvolvem no inverno. O óleo de rícino promove a produção de colagénio e elastina e, portanto, contribui para tornar a pele lisa e macia.

Manteiga de cacau ( Theobroma cacao L)
A manteiga de cacau é a gordura comestível natural da semente de cacau. Composta por uma combinação de ácido palmítico, ácido esteárico e ácido oléico, a manteiga de cacau tem propriedades incomparáveis á qualquer outro tipo de gordura vegetal, pois é altamente estável, tem textura suave e ainda é rica em substâncias antioxidantes. Isso desperta o interesse no seu uso como matéria prima nas indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética. Possui propriedades hidratantes e emolientes, ou seja, recupera a oleosidade do tecido perdida durante o ressecamento causado por exposições ao sol ou frio excessivo. Sendo um excelente hidratante, é facilmente absorvida pela pele, atingindo as camadas mais profundas, tornando-a mais suave. É usada em aplicações tópicas em casos de queimaduras, cieiro dos lábios, rachaduras que ocorrem no seio em função da amamentação, hemorróidas, unguentos analgésicos, processos de cicatrização, qualquer tipo de lesão cutânea e em preparações caseiras para diminuir a coloração de manchas no rosto. Também é usado em preparações para prevenção das estrias na gravidez

Manteiga de Karité (shea) (Butyrospermum parkii)
A manteiga de karité é um excelente hidratante para peles secas e danificadas. A industria farmacêutica utiliza-a na elaboração de produtos para problemas de pele como dermatoses, eczemas e queimaduras solares. Tem também efeito cicatrizante e reparador em mãos gretadas e que sofram de eczemas e dermatites. É desde tempos imemoriais utilizada por diversos povos africanos para curar feridas, é muito rica em vitaminas A, D, E e F e tem propriedades suavizantes usadas como atenuante de estrias e rugas. É muito bem tolerada, mesmo pelas peles sensíveis, e inclusive usada em produtos para bebés e em produtos para diabéticos. Além disso a manteiga de karité é não-comedogênica, ou seja, não causa erupção ou obstrução dos poros, que causem acnes.


A questão do sabão natural e da soda caustica

Nota (06/11/2013):
Devido a alguns procedimentos perigosos que tive conhecimento, e que colocam em risco a saude (e a vida) de quem está a fazer o sabão e /ou de quem vai usar o sabão: A soda caustica (hidroxido de sódio) assim como o hidroxido de potassio, são agentes quimicos perigosos. Têm de ser manuseados com extrema cautela, usando equipamento adequado (luvas, mascara e oculos de protecção, asim como vestuario adequado); AO fazer a solução alcalina, deve ser usado utensilios adequados, de preferencia de inox (NUNCA; MAS NUNCA DEVE SER USADO ALUMINIO!!!!), e resistentente a temperaturas altas (rondam os 90º ou mais) e resistentes à acção corrosiva da soda caustica; a soda deve ser deitada sobre a agua e nunca , nunca ao contrario; quando se junta a solução de soda nas gorduras, nunca, mas nunca podem as gorduras ao lume!!!!
O manuseamento incorreto da soda caustica, pode levar a graves acidentes, com gravissimos ferimentos e, dependendo da sua localização (por ex. se for no rosto e vias respiratorias), a cegueira e a graves problemas respiratorios, incapacitantes.
Igualmente importante é saber qual a quantidade segura de soda caustica a usar, de forma a que o produto final seja um produto seguro, não caustico.

Actualmente têm acesso a inumeras receitas/formulas de sabão, em sites, grupos, livros... quando copiam uma receita devem rever os dados/valores atraves de uma calculadora. Há sempre a hipotese de ter podido haver uma gralha e a receita não estar bem. Igualmente devem ter confiança (e mesmo assim rever a formula) na pessoa/site/livro que disponibiliza a formula. Há formulas e formulas...

O sabão tem um periodo de cura que TEM DE SER RESPEITADO! pelo menos 4 semanas para sabão cold process, e uma semana para hot process. Rebacht ou refundido de sabão novo (que desanda por ex.na altura do traço), tem que curar as 4 semanas na mesma.

Desculpem o alarmismo, não é nada algo que eu faça, mas tenho-me dado conta que as coisas estão a perder um bocado o controlo, há pessoas não estudam, não se formam, leiem na diagonal, apanham umas dicas aqui, uns sururus ali, e depois vão "fazer sabão", muitas vezes para oferecer, para vender (como se já não fosse grave ser de uso pessoal/familiar).... É preciso responsabilidade, consciencia.

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O sabão natural é feito a partir de óleos e manteigas vegetais e ou animais, aos quais é adicionado uma solução alcalina para que se dê uma reacção química chamada saponificação (ou seja que as gorduras se transformem em sabão).

Sim, para fazer sabão tem de se usar soda caustica (hidróxido de sódio) ou potassa hidróxido de potássio, caso do sabão em pasta ou liquido. Em qualquer definição de sabão pode-se ler que é o resultado de uma reação química resultante da junção de  gorduras e uma base alcalina. A glicerina é um subproduto desse processo e é nos processos industrializados, retirada e depois direcionada para as industrias farmacêutica e alimentar. Agora suponho que quando fala de sabonete de glicerina se refere às bases glicerinadas que se compram já feitas e depois se derretem e se moldam em moldes artísticos. Essa base já passou por esse processo, ou seja antes de ser base de glicerina foi um sabão e antes era um conjuntos de gorduras às quais se juntou uma base alcalina de soda caustica. Depois ela passa por um processo de clarificação para se tornar transparente e de adição de aditivos no intuito de facilitar o seu uso (derreter, colocar em moldes), aumentar a espuma e a validade. Os sabonetes de glicerina industriais seriam uma “invenção” dos anos 50/60 (não tenho agora bem presente a data), e teria sido criado com o intuito de fazer um sabonete mais suave (pois devido à industrialização do sabão e a retirada da glicerina, os sabões seriam mais agressivos e cáusticos) pelo que, além de ser um sabonete transparente e mais apelativo, seria menos caustico pela adicinado de uma pequena porção de glicerina. A denominação “sabonete de glicerina” e a propaganda da época deu resultado e perdurou até hoje a crença de que são sabonetes suaves e apropriados para peles sensíveis. Se na altura “era assim”, atualmente isso não é bem assim, pois os aditivos colocados muitas vezes provocam alergias a pessoas com a pele mais sensível.

Assim temos o sabão NATURAL artesanal, em que o sabão é feito de raiz, juntando as gorduras e a soda caustica (segundo regras de segurança e quantidades corretas e seguras, este processo não é realizado à toa!), e o sabonete de glicerina artesanal, em que a base já passou pelo processo mais complicado e que é muito apelativo pela forma como pode ser trabalhado artisiticamente. Desde já posso adiantar que se pode fazer a base de glicerina de forma artesanal e saber o que se coloca nela para a tornar um produto final mais natural, pois se a base for comprada já feita tem pouco de natural e, se se pode dizer que são sabonetes artesanais, não se devem chamar de naturais.

Quanto ao sabão NATURAL feito de raiz ele é naturalmente rico em glicerina pois no processo artesanal não se separa a glicerina do sabão e ela permanece no produto final. Além disso é deixada uma percentagem de gorduras que não são saponificadas e que entram depois em contato com a pele deixando-a mais suavizada. Não são necessários aditivos espumantes para o sabão natural, pois se quisermos um sabão com uma espuma mais rica, sabemos qual q gordura quês e deve saponificar para o efeito (sim há gorduras que dão mais espuma a uma sabão natural, enquanto outras são mais adequadas para suavizar um sabão).

Voltando ao cerne da questão: a soda caustica. É realmente necessário extrema precaução na sua utilização. É um produto muito cáustico que provoca queimaduras graves, tanto por contato direto com a pele como através da inalação de fumos. Por isso se utiliza equipamento de segurança quando fazemos os sabões: óculos, mascara, luvas, roupa de proteção. Há uma serie de normas de segurança que tem de ser seguidas quando estamos a fazer sabão natural. É também de extrema importância ter noção do que se está a fazer, de todo o processo. É um processo químico, que envolve alguns riscos, que podem ser evitados através do conhecimento do processo e da adoção de medidas e equipamentos de segurança.

Mas, perguntarão: e a soda que fica no sabão? Não faz mal à pele!?!?... Aí está! Um sabão natural bem feito já não tem soda! Como? Sim, um sabão bem formulado e devidamente curado, não soda. Quando a saponificação está corretamente feita, ou seja, quando a transformação de gordura em sabão é feita com as quantidades corretas, o método realizado corretamente e o tempo de cura respeitado, toda a soda que foi utilizada se encontra transformada e neutralizada. O produto final não é gordura nem soda é uma outra substância: é sabão.

Agora dentro do sabão natural existem dois tipos de sabão: o sabão cosmético e o sabão de lavagem/limpeza. Este ultimo é o que normalmente se faz, atualmente com óleos usados de cozinha, no intuito de também se reciclarem estes desperdícios bastante poluentes. Estes têm sim, têm um excesso de soda e não são adequados para uso cosmético. Já agora um aparte: quero chamar a atenção para as receitas de sabão de oleo reciclado, que circulam na internet e que contém quantidades absurdas de soda caustica, muitas vezes o suficiente para saponificar quantidades de gordura de 2 a 3 vezes, maior que a utilizada na receita.

Os sabões naturais cosméticos, são aqueles em que se utilizam óleos mais “nobres”, em que se procuram a perfeita junção entre  as propriedades do óleo e as da planta, entre a cor e o aroma, sempre com uma percentagem de óleos não saponificados, óleos livres num sabão que se quer seguro, suave, muitas vezes um caleidoscópio de emoções sensoriais, entre texturas e aromas.
 http://suntrialquimias.blogspot.pt/2012/11/a-questao-do-sabao-natural-e-da-soda.html