A Coruja de Monte Suntria
Suntria é uma das denominações de Sintra...O Monte da Lua ...a coruja...sou eu!
terça-feira, 22 de março de 2011
Entrudo de Lazarim
Entrudo de Lazarim
(Lazarim, concelho de Lamego)
Em Lazarim a tradição do Carnaval ainda é o que era. Sinónimo de folguedo, máscaras e soltura, o Carnaval celebra-se entre comadres e compadres que envergam máscaras típicas feitas artesanalmente em madeira de amieiro por quatro homens da aldeia. As máscaras são sempre diferentes de ano para ano e cabe aos seus portadores idealizarem as vestimentas que as acompanham. O Entrudo é precedido pela Semana dos Compadres e das Comadres, as duas associações que tentam reunir fundos para os festejos e que vão preparando, em completo segredo, as quadras destrutivas do testamento que será lido na Terça-feira Gorda. No Domingo Gordo à tarde começa a grande folia. Os caretos vão chegando, cada um com o seu disfarce. Tocam as bandas, reúnem-se os carros alegóricos, dançam os ranchos folclóricos, desfilam os gigantones. Na Terça-feira Gorda as ruas de Lazarim enchem-se de gente para ver passar o desfile das máscaras e participar na folia. Ao início da tarde os mascarados começam a aparecer em pequenos grupos misturando-se com a multidão.
Depois do desfile os compadres e as comadres: uns de papel colorido, recheados de pólvora e foguetes que são imolados pelo fogo no final da festa e outros de carne e osso que, ao lerem o testamento, se "defrontam" numa luta verbal de rimas onde não falta a malandrice e as tiradas picantes. As pessoas aglomeram-se debaixo de uma varanda para ouvir a leitura do testamento. A rapariga lê o testamento do Compadre e o rapaz o da Comadre. A rivalidade entre sexos serve como principal pano de fundo à libertinagem linguística. Terminado o "ajuste de contas" e imolados os bonecos, prossegue o cortejo até ao local onde o fogueteiro dá por encerrado o Entrudo. Ao entardecer realiza-se o concurso de máscaras e atribuem-se os prémios aos artesãos mais talentosos. Depois é altura de saborear o tradicional o caldo de farinha, a feijoada e o vinho. Há quem pense que o Carnaval tenha origens romanas, tendo adquirido diversas variantes ao longo dos séculos.
http://casadopovodelazarim.webnode.com.pt/lazarim/entrudo-de-lazarim/tradi%c3%a7%c3%a3o/
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Entrudo
Ó entrudo Ó entrudo
Ó entrudo chocalheiro
Que não deixas assentar
as mocinhas ao solheiro
Eu quero ir para o monte
Eu quero ir para o monte
Que no monte é qu’eu estou bem
Que no monte é qu’eu estou bem
Eu quero ir para o monte
Eu quero ir para o monte
Onde não veja ninguém
Que no monte é qu’eu estou bem
Estas casa são caiadas
Estas casa são caiadas
Quem seria a caiadeira
Quem seria a caiadeira
Foi o noivo mais a noiva
Foi o noivo mais a noiva
Com um ramo de laranjeira
Quem seria a caiadeira
José Afonso
Dois Trava-línguas
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- O que é que há cá?
-É o eco que cá há.
-Há cá eco?
-Há cá eco há.
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Esta casa está ladrilhada.
Quem a desladrilhará?
O desladrilhador
Que a desladrilhar
Bom desladrilhador será.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Água da rainha da Hungria
Água da rainha da Hungria
Encontram-se pela net várias receitas desta água aromatica que dizia-se ter qualidades medicinais. Parece que a Rainha da Hungria sofria de gota e ou reumatismo e sentiria alivio quando usava a agua aromatica.
Esta receita é de um recorte de uma revista com alguns aninhos.
Receita:.
Num frasco de boca larga, contendo um litro de álcool a 60º, deixe macerar durante 15 dias:
30g de folhas de alecrim
10g de folhas de salvia
10g de folhas de tomilho
10g de folhas de hortelã-pimenta
10g de erva-cidreira
10g de flores de alfazema,
1 vagem de baunilha cortada no sentido do comprimento,
1 pau de canela partido
uma casca de limão.
Mexa diariamente esta mistura e filtre-a findo o tempo de maceração. Conserve num frasco hermético.
Diz a receita que se utiliza em casos de reumatismo, torcicolos e depois de uma queda ou de uma pancada.
"Álcool da Mariana"
Esta é a receita do "Remedio da Mariana" como lhe chamava o meu filho. A Mariana era uma amiga minha, adepta das mezinhas caseiras e que todos os anos fazia este "alcool de ervas" que ela utilizava para desinfectar feridas, cortes e tratar borbulhas resistentes e que é optimo para arranhões de gatos. Ela usava-o também em dias de calor para, passar um lencinho de papel embebido no alcool de ervas, pelos pés doridos e cansados.
Todos os anos ela ou o pai dela, um velhote já muito velhote, percorriam os campos em busca das plantas frescas necessarias para a receita.
Salva
Camomila e ou Macela (são duas plantas diferentes)
Maravilhas (também chamada de Calendula)
Feno do prado
Ela fazia assim: enchia um pote com tampa hermetica até acima com as plantas e acabava de encher com alcool.
Deixava em sitio escuro, até ao ano seguinte pois geralmente fazia sempre uma quantidade que durava um ano, quase exacto e quando estava na altura de fazer o novo , era quando abria o do ano anterior.
Então, nessa altura, coava, filtrava e metia em frascos mais pequenos para usar durante o ano.
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